quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Crianças hospitalizadas têm alta depois de assistir espetáculo Corteo

No começo do mês de agosto, um grupo de 8 crianças hospitalizadas em unidades hospitalares públicas do Distrito Federal teve uma oportunidade única: assistiu, gratuitamente, ao espetáculo Corteo - do Cirque du Soleil, maior companhia de circo do planeta, que estreou em Brasília na semana passada e que segue, em estrutura montada ao lado do Ginásio Nilson Nelson, em Brasília, até 25 de agosto.

O grupo mirim foi levado pela Cia Doutores, Música e Riso – um projeto social envolvendo teatro e solidariedade, realizado em hospitais do Distrito Federal, junto a pacientes internados em situação delicada de saúde.

Em duas horas de muita magia, eles mergulharam na história, que mistura emoção e gargalhada. A boa notícia é que, no dia seguinte, três das 08 crianças lotadas no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) e Hospital da Criança de Brasília (HCB) tiveram alta: I.R., de seis anos, portador de HIV; A.C.S.G., de dez anos, que sofria de fortes dores abdominais; e B.S.S., de 11 anos, com problemas respiratórios.

De acordo com a coordenadora e idealizadora do Grupo Doutores, Música e Riso, Antonia Vilarinho, especialista na técnica artística clownesca ligada ao universo hospitalar, o sorriso é terapêutico e transformador.  “Foi incrível ver a alegria das crianças. Isso prova que estamos no caminho certo”, avalia.

A volta do grupo - O grupo nasceu como uma extensão do trabalho realizado, de forma pioneira, pelo Doutores da Alegria, companhia teatral criada em 1991, em São Paulo, e que hoje é referência na arte de trabalhar em hospitais, com o reestabelecimento de pacientes por meio do riso. Sob a filosofia “O engraçado é que é sério”, o grupo tem provado que rir ainda pode ser o melhor remédio.

Depois de alguns meses desativado – por conta de uma especialização que Antônia foi realizar na França -, o grupo retoma este mês os trabalhos em dois hospitais públicos do DF.

Segundo Antonia, conhecida em Brasília pela palhaça Fronha, que por muitos anos fez a alegria da garotada em espetáculos teatrais e circenses, a ideia inicial é cuidar de 80 pacientes no Hospital Materno Infantil (HMIB), além de outras 30 crianças no Hospital da Criança de Brasília, somando 900 atendimentos por mês, incluindo enfermeiros, médicos, pais e familiares. “Nossa intenção é que, em 2014, este número pelo menos dobre”, adianta Antonia Vilarinho.

No início do projeto, quatro hospitais foram atendidos pela companhia. “Para melhorar a qualidade do nosso serviço, optamos por focar em dois hospitais nesta primeira fase, que atuam prioritariamente com crianças e adolescentes”, explica a coordenadora.

De acordo com Antonia, a formação que realizou em Paris trouxe uma dimensão maior ao seu projeto, uma vez que hoje é a única profissional no país com tal experiência acadêmica, viabilizada graças à bolsa concedida pelo Ministério da Cultura, em parceria com o Institut Le Rire Médecin.

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